sábado, 10 de março de 2012

PACIÊNCIA DO CACHORRO





Baralho: inglês (2)
Nº de cartas: 104
Estratégia: não
Duração da partida: 30 minutos
Dificuldade: regular
Objetivo: empilhar as cartas por naipes, dos reis aos ases.
Disposição inicial: oito reis sobre os que se empilharão o resto das cartas, dos respectivos naipes, em ordem descendente, até chegar aos ases.


Antes de iniciar a paciência os oito reis são separados e colocados em fila, na parte superior da mesa de jogo. Sobre estes oito reis se empilharão o resto das cartas dos naipes em ordem correlativa descendente.
As restantes noventa e seis cartas, dos dois baralhos, são embaralhadas juntas. Depois de cortar o maço, já se pode iniciar a paciência.
As cartas serão abertas, uma a uma, e colocadas em uma fila, debaixo dos reis. Ao mesmo tempo em que as cartas são abertas e colocadas, conta-se "um (ás), dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze (valete) e doze (rainha)". Se o número da conta coincidir com o da carta que sair, essa será colocada numa pilha, virada para baixo, à direita da paciência, e seu espaço não será ocupado pela seguinte carta do maço, que se coloca à direita do espaço vazio. As cartas abertas são colocadas em duas filas de seis cartas: uma que vai do um (ás) ao seis e outra do sete ao doze (rainha). Pelo que foi explicado, entende-se que em nenhum deste lugares deve haver uma carta cujo índice coincida com o número citado na conta.
As três cartas seguintes colocam-se abertas, em coluna, debaixo destas duas filas de seis cartas.
Após serem tiradas estas quinze primeiras cartas do maço, continua-se a abrir as cartas deste maço. Conta-se, novamente, "um (ás), dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze (valete) e doze (rainha). Estas cartas são colocadas sobre as anteriores, exceto quando a carta que se abre coincide com o número que se canta. Neste caso, coloca-se a carta virada para baixo no monte de cartas tapadas da direita.
Depois destas doze cartas colocam-se outras três cartas, em coluna, debaixo das duas filas e à direita das três anteriores.
Esta operação de tirar cartas repete-se outras três vezes (cinco em total), até que se obtém uma fila de oito reis, duas filas de cartas abertas cada uma, um monte de carta viradas para baixo, três filas de seis cartas abertas cada uma e as últimas seis cartas do maço na mão. Estas seis últimas cartas colocam-se na fila, imediatamente inferior, a dos reis contando "um (ás), dois, três, quatro, cinco e seis").
Desta maneira sobram todas as cartas sobre a mesa e é quando a paciência, realmente, é iniciada.
Seria possível considerar esta disposição como sendo a inicial da paciência, mas chegar até ela requer um processo tão trabalhoso e entretido que pode ser considerado como parte do jogo.
As filas de cartas recebem diversos nomes. Assim, os montes dos reis, que inicialmente têm apenas uma carta, são as pilhas. Os doze montes de cartas que estão debaixo da fila dos reis chamam-se pacotes e se identificam pelo número de ordem que lhes foi dado ao contar: um (ás), dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze (valete) e doze (rainha). O retângulo inferior de dezoito cartas é o canil e o monte de cartas viradas para baixo, à direita, é o monte do cachorro.
Uma vez iniciada a paciência, começa a colocação das cartas sobre os reis. Para isso escolhem-se as cartas (primeiro as rainhas e, depois, as cartas sucessivas em ordem correlativa descendente) que se encontram à vista, sejam nos pacotes ou, ainda, no canil. Se ao levar às pilhas alguma das cartas do pacote descubra-se uma carta que possa ser colocada, esta será levada à sua correspondente pilha. Esta primeira colocação de cartas nas pilhas termina quando já não sobram mais cartas à vista para empilhar.
Nesse momento, usam-se as cartas do monte do cachorro. Vira-se a primeira carta. Se é possível empilhá-la, coloca-se em sua correspondente pilha; se não, pega-se o pacote do seu número e coloca-se a carta debaixo dele. Em seguida, pega-se a carta de cima do pacote e a coloca por último. Continua-se virando as cartas até que apareça alguma que se possa empilhar (se não houver nenhuma, volta a aparecer a carta do número do pacote). Depois, passam-se as cartas do pacote e vão se colocando as que podem ser levadas ás suas pilhas, até que aparece a carta do número do pacote.
A paciência continua até que foram utilizadas do modo indicado todas as cartas do monte do cachorro. Se não foi possível terminar a paciência, recolhem-se as cartas dos pacotes em ordem inversa ao da colocação: o pacote doze é colocado sobre o onze, este sobre o dez e assim sucessivamente. Em seguida, recolhem-se as cartas do canil colocando sobre elas, passo a passo, o maço de cartas que se vai formando. logo após juntarem-se todas as cartas, e sem serem embaralhadas, vira-se o maço e abrem-se outra vez e do modo indicado anteriormente. Agora, no entanto, somente são feitos doze pacotes e as colunas do canil serão de quatro cartas. O monte do cachorro não muda.
Depois de ter colocado todas as cartas sobre a mesa, passa-se a empilhar as possíveis cartas da mesma maneira que antes. Se após esta segunda rodada não sai a paciência, as cartas restantes são recolhidas (no sentido inverso à sua colocação, como antes) e se procederá a uma nova distribuição sobre a mesa, dessa vez com dez pacotes e colunas de cinco cartas no canil (que podem ser fileiras de cinco cartas).
Se após de empilhar as cartas, depois desta terceira rodada, não tiver saído a paciência, perde-se o jogo.




DESENVOLVIMENTO DO JOGO




1 Nesta figura mostra-se a disposição das cartas depois da primeira distribuição de doze cartas e a colocação da primeira coluna do canil. Os espaços do dois, o três e o nove estão livres porque as cartas correspondentes foram colocadas no monte do cachorro, já que coincidiu o número do pacote com o índice da carta.




2 Disposição das cartas depois de colocadas sobre a mesa. Também completou-se o primeiro canil de dezoito cartas. A partir desta disposição, que poderia considerar-se como o quadro inicial da paciência, pode-se começar a empilhar as cartas sobre os reis.




3 As primeiras cartas que se empilham sobre os reis são as cartas abertas. Devem ser colocadas em ordem correlativa descendente seguindo o naipe. Depois de ter empilhado todas as cartas abertas, abre-se a primeira carta do monte do cachorro (o sete de espadas neste caso).




4 A carta do monte do cachorro nos indica qual pacote deve-se jogar. Se a carta é um sete, como neste caso, e não se pode empilhar, coloca-se a carta sob o pacote situado em sétimo lugar. Em seguida, passam-se as cartas de cima para baixo e se empilham as que sejam possíveis, até que volte a aparecer o sete, que também seria empilhado, se possível.




5 Depois de terem sido utilizadas todas as cartas do pacote correspondente à carta aberta do monte do cachorro, abre-se outra carta deste monte para que "busque" outras cartas nos pacotes.




6 Logo que são utilizadas todas as cartas do monte do cachorro, passa-se a recolher as cartas dos pacotes e do canil (não as das pilhas) e, sem embaralhá-las, se forma um novo maço.




7 Na segunda rodada (como nas demais), diminuem-se o número de pacotes de cartas e aumentam-se o de colunas (que podem se converter em filas) do canil. Na figura mostra-se a disposição das cartas com onze pacotes e um canil formado por colunas de quatro cartas.




8 Após empilhar todas as cartas possíveis, volta-se a recolher as cartas e forma-se outro maço para iniciar a terceira rodada. Na figura é mostrada a disposição do quadro de jogo com dez pacotes e um canil no qual as cartas, para que seja mais cômodo, foram colocadas em filas de cinco cartas cada uma. Este é o aspecto da paciência assim que é terminada: os oito ases dos dois baralhos produzindo as pilhas respectivas.



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